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domingo, 29 de abril de 2012

A verdade sobre o nosso amor


Faz tanto tempo que eu estou para escrever, mas pela primeira vez não encontro palavras para dizer o que eu sinto.
Me sento aqui hoje para pensar no que realmente eu quero dizer,  e na verdade eu não queria dizer nada disso. Eu não queria ter que admitir que a gente fracassa. Não queria dizer que a gente perde oportunidade. Não queria ter que admitir para mim mesma que eu errei, fiz a escolha errada e sofro as consequências agora.
Errei por um tempo exato, um tempo que eu queria ter comemorado aniversário feliz e juntinho numa conchinha que deveria ser sempre a mesma, que deveria sempre me dar friozinho na barriga e vontade de carinho e beijo e briga e lençol quentinho depois.
Errei como toda menina-mulher que espera achar o príncipe encantado e acaba dando amor para qualquer um que entra na sua vida, mas não merece nenhum um pouco esse sentimento bonito que a gente sente necessidade de dar e receber com urgência.
Talvez o erro seja meu, e seu, minha amiga leitora, que tenta achar no fundo de uma frase simples do amado um duplo sentido como: eu te amo. Talvez o erro seja a intensidade, a pressa, a determinação em dar amor, em ter amor, em ser amor com um cara que você nem conhece os pais, nem sabe as músicas preferidas, nunca soube o que aconteceu no relacionamento antes de você. Um cara que você sabia que não tinha nada para dar certo e achou mesmo assim, mesmo ele te negando, mesmo ele dizendo “eu gosto de você” olhando dentro do seu olho só para te convencer a não sair da vida dele porque vai que ele não tem nada melhor pra fazer amanhã, que deu certo até onde tinha que dar. O mesmo cara que nunca te apresentou pros amigos, mas mesmo assim os amigos dele te chamam de “a menina dele”. O qual você dedicou seus esforços em tentar não ser tão louca, nem tão neurótica para você não assustá-lo e fazê-lo correr da sua vida porque você precisava dele, e ainda precisa, para dizer para si mesma que viveu alguma coisa bonita com alguém que você gostou. O cara que todos os dias te olha como se não te visse realmente, como se não soubesse um terço desse amor que você sente por ele e que ele prefere usar como lhe convém e quando lhe convém. Que apesar de dormir todo final de semana com você, de te dar a mão no meio da noite para você continuar se sentindo amada, para você continuar sentindo isso dentro de você que não sabe bem o que é e quando acaba, tem toda semana outra menina em suas mãos e uma que ele leva dentro do coração meio que em segredo de você, dele mesmo e do mundo.
Minha cara amiga, a gente erra. A gente não erra em sentir amor, porque amor é uma coisa boa, bonita, essencial nessa vida, e nunca é demais dar e receber, mas a gente erra em tentar até perder as forças, em forçar esse amor dar certo e nunca ter uma resposta de que vai dar certo. A gente tem que saber quando parar. E por favor, amiga, pare antes desse tempo que levou o meu tempo para entender que foi perda de sentimento.
A gente ouve a melhor amiga dizendo para gente que um dia vai dar certo sim, que ele gosta, que ele sente falta mas é orgulhoso. A gente ouve o outro amigo dizendo que está na hora de parar, você tem que sair dessa porque merece algo melhor. Ouve outro dizer que vocês não vão dar certo, que ele não gosta, e você só deve ter por ele o que ele tem por você, e é uma coisa banal. Você já ouviu entre soluços, da mãe nas férias em casa, que ele não te quer por perto e que ele sempre tem a certeza de que você volta – e você volta. Mas nunca doeu ouvir tudo isso tanto quanto doeu dizer para si mesma sabendo verdadeiramente da real situação desse relacionamento. Nunca doeu ter que dizer tamanha verdade que eu ocultava dentro de mim com uma esperança irreal de que um dia, por milagre divino, ele ia perceber o quanto gosta de mim, o quanto sente a minha falta. Mas ele não vai. Ele não vai correr para os meus braços e dizer que me ama e que vai ficar comigo. E o que mais dói não é a realidade que finalmente bateu a minha porta com toda a sua clareza, mas o que eu perdi enquanto isso. O que eu perdi enquanto estava cega por alguém que não merecia receber tudo isso que eu tenho dentro de mim e que é tão bonito, tão puro, tão verdadeiro. E todas as pessoas que mereciam receber isso eu mandei embora, afugentei de alguma forma e que hoje eu queria de volta.
Então, amiga leitora, vamos encarar essa verdade: a gente nunca foi amada. Não por não merecermos esse amor, mas por simplesmente estar dando para pessoa errada. Vamos parar e olhar em volta e perceber onde chegamos por causa de alguém que nos fez mal, o que fizemos para esse alguém que nunca foi reconhecido. Olhe em volta, amiga, e veja a beleza do mundo que te rodeia. Porque sem ele o mundo gira, o sol brilha, a chuva cai lá fora, e têm tantos outros homens no mundo que podem te fazer tão mais feliz do que você acha que é com ele. Ao invés de errar, tente aceitar os sentimentos que te dão, e dê de volta com toda a sua sinceridade de alguém que ama, mesmo não amando na mesma intensidade. Doe esse sentimento lindo que você tem dentro de si para alguém que vá sorrir ao recebê-lo e não vai se assustar e sair correndo porque tem medo do quanto você ama.
Vamos ser felizes, eu, você e o mundo. Porque amar é bom, é a gente que dificulta tudo.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

A outra

Entre mim e a outra existe a verdade.
A outra é loira, é morena, é ruiva, de cabelos longos ou curtos, baixa, alta, gorda, magra, louca, santa, feliz, namora, é casada e tem filhos, é solteira e vai pra balada. Ela teve quatro relacionamentos duradouros. Morou em Catanduva, Rio Preto, São Paulo, Mariana, Londrina, e até em New Jersey. Ela fala inglês, espanhol, português, francês e italiano. Tem filhos gêmeos. Casou inúmeras vezes. Ela fez jornalismo, moda, rádio e t.v, foi cantora e atriz. Ela teve pais ricos que se amavam e moravam juntos. Teve mãe rica e pai morto. Teve padrasto bonzinho e mãe feliz em Brasília. Matou a madrasta e descobriu que seu pai não era pai de verdade, que o verdadeiro era rico, bonito e amável. Ela teve final feliz com o primeiro namoro. Ela nunca conheceu ele. Ela casou e teve filhos gêmeos com o segundo. Ele nunca foi embora. Ela não perdeu o terceiro namorado por causa do primeiro. Ela namorou o quarto e são felizes até hoje. Ela nunca perdeu o quinto por causa do anterior. Ela amo o namorado e ele a ama de vola e eles não são só sexo numa amizade colorida. Ela mora numa casa própria e é feliz em todos os seus aniversários. Ela nunca perdeu uma oportunidade por causa de uma paixão avassaladora. Ela não tem TPM. Ela faz acontecer.
A outra é melhor e pior que eu.
A outra vive. Eu imagino a vida da outra.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Não é amor, mas podeira ter sido

Eu estou sempre esperando eu e você voltarmos ao normal, voltarmos a ser como era antes. Sei que fui eu que "estraguei" tudo o que já não era ótimo, mas eu descobri - um pouco tarde- que já era ótimo como era.
Sei que decidi não te querer mais por perto porque me causava dor,e  então eu descubro que com ou sem você dói e que isso aqui no meu peito não tem cura, e se tivesse eu não queria me livrar disso que me traz você na mente a todo instante, que enche meu coração de alegria mesmo me fazendo chorar de saudade.
Eu descobri que dói não fazer parte do seu mundo mais do que você ficar fora do meu.
Eu queria tanto que você soubesse que "depois de você os outros são os outros e só" - e eu sempre te disse isso porque mesmo que eu morra de ciumes de todos os meus ex namorados, mesmo que eu morra de ciumes desse cara que foi o motivo pra eu me afastar, é só você que eu queria num fim de noite para ficar junto mesmo não estando junto. É você que eu queria para brigar e morrer de ciumes no dia do meu aniversário. É você que eu queria não-namorar mesmo achando, ou tendo certeza, que a gente não vai dar certo nunca.
É você. (Era pra ser você)