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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A boazinha

Vou contar a vocês o que aconteceu. É uma história um pouco triste que promete reviravoltas e turbulências esse ano.
Eu, uma menina um pouco frágil e carente, sai do ninho para dar umas voltas livre, leve e solta pelo mundo. Em uma dessas voltas encontro ele, um cara legal e diferente de todos que eu conhecia, e foi amor a primeira vista. Espera ai, não foi não. Eu sabia que eu tinha que conhecê-lo, e conheci. Eu sabia que tinha que ficar com ele, e fiquei. Eu não sabia que ia me apaixonar, e me apaixonei. Alerta vermelho! Entrei em zona de perigo em mim mesma. Quando eu me apaixono eu quero tanto que dê certo e seja para sempre, eu tento tanto fazer dar certo alguma coisa, que eu sufoco, espremo, amasso, estrangulo, e pulverizo essa coisa, e tudo acaba como sempre: eu, sozinha, chorando anos porque não deu certo novamente.
Apesar das minhas loucuras, ciúmes e possessões, ele tentou num primeiro momento, eu sei que tentou – é bom ele ter tentado! – gostar de mim, e não me achava tão louca embora eu fosse. E foi dando certo aos trancos e barrancos e barracos. Até o dia do basta! Acho que a primeira vez que decidimos parar de sair foi uma ideia minha, mandei uma mensagem bem sutil: não fala nunca mais comigo. E pronto, ele não falou. Mas esse nunca mais durou apenas uma semana, porque eu precisava dele por perto para me sentir um pouco amada, para fingir que o para sempre existe e estava funcionando. Resultado: mais loucuras e possessões e apavoramento. Basta! Isso não vai funcionar, eu e você sabemos.
Ele nunca me pediu para ficar depois de uma briga que eu disse que ia embora, porque ele sabia que não precisava dizer, sabia que eu voltaria que eu precisava continuar vivendo aquele “para sempre”. Eu, na verdade, nunca fui embora, e ele também sabia disso.
Até o dia em que eu entendi que aquilo não ia funcionar, jogos de conquista, porque eu já era um coração dominado e completamente entregue a ele. E, sobre tudo, eu sabia que o basta dessa vez tinha que me bastar para sempre.
Não importou o quanto eu fui boazinha, o quanto eu me esforcei para dar certo, porque eu não era eu mesma, eu era ele, respirava ele, comia ele, cheirava ele, vestia ele, dormia ele, e um relacionamento é baseado em amor, próprio e pelo outro. Por isso nunca deu certo.
A história ainda continua, e ele sabe que mais cedo ou mais tarde eu vou procurá-lo e se eu não procurar, ele tem certeza que apenas um telefonema me levará direto a ele, com meu coração embalado em uma caixa com fita vermelho-sangue, mas será mesmo assim?
Vocês sabem o começo e o meio, mas isso está longe de ter fim, e seja o que Deus quiser.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Ex namorado

Estive me perguntando por quê geralmente não temos um bom relacionamento com  ex namorados...
Talvez a resposta seja simples e a mais verdadeira: A gente ainda gosta e por isso não pode ter qualquer tipo de relacionamento com eles. Logo que acaba, um dos dois ainda gosta muito - na maioria dos casos -  e qualquer tipo de contando e conversa e carinho talvez seja interpretado errado por um dos dois, e acaba dando no mesmo: um péssimo relacionamento, onde um vai odiar eternamente o outro, e a futura namorada (o) dele ou dela vai ser uma biscate ou gay. Sempre assim. A gente odeia ex namorado, é quase como uma cadeia alimentar, ele destroça seu coração e você o odeia pra sempre, simples assim.
Mas depois que o tempo passa e o término é superado devia-se manter um relacionamento pelo menos educado e de colegas que se encontram no mercado, no mesmo corredor e podem-se dizer: Olá, como tem passado? É, eu vou bem também. Bom final de semana, fulano. Pra você também. Mas o mais provável que aconteça é fingirem que nunca se conheceram e passar reto e até mesmo mudar de corredor, de mercado, de cidade, pra sempre, só para não ter esse tipo de situação constrangedora.
Por isso decidi começar uma relação com o meu ex-mais-recente-amor, porque com os outros não dá por motivos que não somos nós, mas enfim, o que eu quero dizer é que devemos ser amigas (os) de alguém que a gente já gostou porque faz um bem danado, e ter amizades é sempre bom. Chega de situações constrangedoras!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

À procura da felicidade

A felicidade é fácil de achar, você só tem que procurar no lugar certo.
Felicidade é o que tem dentro de você, do que você se orgulha ser ou ter. Ela está em seu coração.
Você escolhe o que vai te fazer sorrir ou chorar, é simples assim. E você escolhe qual dos dois vai continuar fazendo. Sorria pra você, chore por você - se necessário for. Tenha os sonhos que quiser ter, e os realize. Ame, beije e abrace seu interior porque é o que é realmente bonito. O exterior envelhece, perde a cor, a textura, a forma, mas a beleza interior é eterna.
Pense mais em você. Seja mais você. Se ame incondicionalmente e a felicidade é certa.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

No escuro é mais bonito

No escuro as coisas parecem mais bonitas. Tudo o que não se sabe por inteiro apresenta uma beleza única. Como quando você conhece alguém e logo de cara tem a impressão que agora sim, vai dar certo. Ai você está no escuro, e no escuro tudo fica com uma forma estranha e sobre essa forma você imagina o que quiser.
Com o passar do tempo, da convivência e dos poucos segredos trocados , as luzes começam a se ascenderem devagar. E agora, a meia luz, você vê vultos de alguém que começa a reconhecer, mas lhe falta nitidez. Nessa falta de nitidez cria-se uma expectativa gigante: o que há por detrás do véu do vulto? E a imaginação ferve e os sentimentos afloram, é o começo de uma paixãozinha meio escondida.
E quando finalmente todas as luzes se ascendem... Nada mais faz sentido. A beleza já não está lá, a pessoa pela qual você se apaixonou não é aquela. Mas ainda assim você permanece e tenta reconstruir o sonho, reconstruir o sentimento, mas é em vão.
Quando as luzes se ascendem e as pessoas se decepcionam umas com as outras, é onde umas resolvem partir em busca de novos vultos, e outras simplesmente apagam as luzes.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O que vem depois de agora?

Depois de todos os nunca mais a gente ainda sobreviveu por um tempo. A gente ainda foi muito feliz e triste. A gente ainda se beijou, se deu a mão, dormiu e acordou junto, assistiu filme, fizemos nossas loucurinhas, saímos só nós dois, andamos de bicicleta, vivemos juntos.
Depois de todos os adeus, depois de toda conversa que terminava em: é melhor isso não acontecer mais, a gente ficou junto, foi em bares, em festas, em shows juntos, e continuamos vivendo juntos.
Depois de todo o meu ciumes e as brigas que eu comecei, você ainda estava lá, meio de cara amarrada, meio orgulhoso para não sentir minha falta, e mesmo assim você continuou do meu lado, continuamos nos vendo escondidos e saindo juntos, vivendo juntos.
E o que vem depois desse nunca mais? Depois dessa minha crise de ciumes? Depois do adeus dito sem palavras? O que vem agora? Você ainda vai ficar aqui? Você sente a minha falta? Você ainda vai querer me beijar e sair escondido no meio da noite? ...

Destino

Todo dia me pego pensando: e se?
E se a minha vida tivesse sido diferente? Se eu não tivesse namorado em 2008 aquele cara mais velho e cheio de complicações com a ex namorada? Se eu não tivesse ficado com aquele menino em 2009 e principalmente não tivesse corrido atrás dele durante 2010 inteiro? E se eu tivesse namorado aquele meu amigo que as vezes surge na minha vida para dizer que hoje ele namora uma menina linda mas que podeira ter sido eu? E se eu tivesse estudado mais para o vestibular e tivesse passado em Londrina e estivesse fazendo hoje o que era meu sonho: jornalismo? Talvez tivesse sido melhor. Talvez eu não tivesse acumulado no decorrer dos anos tantas pessoas que não gostam de mim. Talvez eu fosse uma mulher mais segura hoje. Talvez eu estivesse realmente realizada com a minha vida profissional. Talvez, e principalmente, eu não tivesse conhecido ele. Ele que foi o motivo de eu ter ido dormir chorando. Ele, quem encontrei tão longe de casa e me apaixonei perdidamente. Mas o que eu nunca pensei é que tudo isso estava destinado para mim.
Eu tinha que namorar aquele cara mais velho em 2008 para saber hoje que foi uma verdadeira perda de tempo. Eu tinha que ter ficado com aquele outro em 2009 e corrido atrás dele em 2010 para saber que quando um homem realmente quer, é ele quem corre atrás. Eu não deveria mesmo ter namorado o meu amigo porque a gente criou uma amizade tão bonita, e não seria assim se não fôssemos o que somos hoje. E o mais importante, eu tinha que conhecer ele. Olha quanta coisa boa aconteceu com a gente. Olha quanta coisa nós vivemos juntos.
Não importa onde você, eu ou ele estejamos, a gente sempre vai viver aquilo que tem que viver no momento em que tem que acontecer. Não dá para fugir do destino.
Se eu tivesse ido para Londrina teria me apaixonado por um cara assim como ele e estaria sofrendo por ele assim como estou sofrendo agora. É cina, destino, não dá para mudar. Só dá para aceitar e tentar entender porquê e para quê tudo está acontecendo. E só.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Em qual caminho a pureza ficou?

A gente nunca sabe em qual caminho da vida perdeu aquele sorriso puro, olhar meigo e pureza de alma.
Eu sei que um dia eu já fui muito pura, que eu amava todo mundo, pedia desculpas quando eu estava errada ou mesmo quando não estava porque eu não suportava ficar brigada com ninguém. Eu me lembro que não tinha preconceitos com nada nem ninguém no mundo. Me lembro de perdoar todos que me magoavam -sim, eu não era capaz de guardar rancor ou de ter sentimento de vingança. Mas esses dias me peguei pensando quando é que isso mudou. Quando eu comecei a ser orgulhosa e não pedir desculpas para quem precisa? Quando eu comecei a me revoltar com o mundo a minha volta e suas ideias insanas? Quando eu passei a sorrir para alguém porque era conveniente naquele momento e não porque eu realmente queria? Quando eu comecei a agradar aos  outros e esquecer de agradar a mim mesma?
Não me lembro em que momento da vida eu passei a ser outra, que eu passei a ser "adultinha" mesmo sendo muito nova.
O mundo muda a gente e a gente muda o mundo, mas até que ponto vale a perder perder aquela pureza de menina? Às vezes ser pura e talvez ingênua me protegesse um pouco de sofrer com as maldades dos homens, e me protegesse das maldades que eu faço a mim mesma. Mas nada vale muito a pena quando a gente deixar de ser a gente para poder viver "em paz" no mundo. Aprendi isso ontem.

Café amarelador

Todo dia ela faz tudo sempre igual. Acorda às dez da manhã em ponto, arruma as camas e se troca. Em seguida vai ao banheiro e tenta admirar sua beleza assim que acorda, com os olhos bem inchados, boca seca e cabelos desgrenhados, mas mesmo assim consegue ver dentro de si uma beleza natural que a pouco tempo ela aprendera que é a sua essência: ser natural. Logo depois ela pega sua escova rosa, que é sua cor preferida desde menina, porque lembra que ela é feminina ao extremo e se orgulha disso, então coloca uma pasta de dentes para clarear o sorriso, já que toma café excessivamente, e escova os dentes com muita força, para se sentir limpa de dentro pra fora. Mas nessa limpeza o que ela tem mesmo a intenção de fazer é tirar o gosto dele da boca, porque todas as noites ela sonha com ele a beijando, porque no fundo ela quer que eles fiquem juntos no final, e então ela põe força e escova os dentes ferozmente para tirar o amarelado de café e tristeza que ela sente toda vez que acorda e pensa que não tem mais ele por perto. Às vezes a gengiva sangra, e ela sente que é uma parte dele que vai embora, que a deixa, aos poucos, todo dia.
Na cozinha, depois de tirar o amarelado da boca, ela faz o café e sempre separa a primeira xícara para Santo Antônio, e pede para trazer ele de volta. Percebendo o erro, ela faz um segundo pedido para que ela supere ele, para que ela possa o ver passar tão lindo dentro de sua feiura para o mundo, tão singelo e honesto e vaidoso e irritante e falante, na rua e ela possa sentir seus pés no chão, sua cabeça sobre o pescoço e o coração dentro do peito. Ela sabe que logo mais vai vê-lo passar na rua e sentar-se ao seu lado em um banco qualquer da praça, e ela sabe que vai se sentir nas nuvens, que o coração dela vai bater junto ao dele. Mas ela se disse que nunca mais, e quer que assim seja. Nunca mais amor, nunca mais sexo, nunca mais AMOR! E repete para si mesma todos os dias tomando seu café amarelador de dentes, que nunca mais.