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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Essas quatro paredes de novo


Pensando e relembrando sobre nós, me lembro de ter tirado uma foto para eternizar aquele momento.  Entre todas as fotos minhas e suas, olhei uma que eu tirei do seu quarto enquanto você trabalhava. Eu não queria esquecer os momentos lindos que vivi ali. Eu quis uma foto só do seu quarto para poder lembrar todas as coisas boas e secretas que vivemos naquelas quatro paredes amarelas.
Hoje, depois de tudo que passamos e repassamos, do que tivemos me peguei olhando pra aquela foto que não faz tanto tempo assim, e validei a sua existência e a minha felicidade. Foi como se eu sentisse novamente, como se fosse verdadeiro, não houvesse mentiras, dores, brigas, separação. Foi como se eu nunca tivesse saído daquele quarto e logo você fosse chegar e me dar beijo de boa noite, e deitar comigo naquela cama imensa que fazíamos questão de dormir bem juntinhos, respirar o ar do outro, porque era bom, era feliz, era verdade.
Me peguei sentindo um vazio imenso depois de toda essa felicidade, e toda a dor, ressentimento voltou como uma coisa que não faz sentido algum mas existe.
Nunca soube se fomos amor, se fui amor, se durou. Nunca soube o que seria se continuasse sendo bom e feliz e ruim e triste. Nunca soube das verdades que você não dizia. Nunca soube mais de nós, apenas do vazio que ficou.

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