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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Metalinguagem

Ontem assistindo o filme “A garota do livro” me recordei de um antigo sonho que eu guardei numa caixinha e havia esquecido por muito tempo.
Hoje cedo eu acordei e não sabia quem era a estranha deitada na minha cama, e foi aos poucos que me dei conta que era eu. Pequena, fraca e esquecida dentro de uma caixinha.
Há três anos por algum motivo que não sei ao certo decidi parar de escrever. Parei porque escrever significa eternizar as coisas ou sentimentos, e muitos deles por muito tempo eu só quis esquecer, ou quis lembrar de uma forma diferente.
Escrever é expor ao mundo a ferida viva que cada um é por dentro e maquia com sorrisos, bares e amigos porque ver a dor dos outros é sentir a própria com ainda mais intensidade. Escrever é marcar para sempre fora da memória algo que te tocou tão profundamente que você quer que as pessoas vejam. Escrever é compartilhar tudo aquilo que muitas vezes todos querem esconder.
Mas sobretudo, escrever é deixar se conhecer para que outras pessoas possam conhecer a si mesmas e notarem que não estão sozinhas, que de certa forma todos sentimos coisas que queremos ou não eternizar. É se deixar exposto para que outras pessoas encontrem na sua dor ou felicidade algum tipo de conforto.

Eis me aqui uma vez mais para eternizar, não por mim, mas por vocês que possam vir a ler, que a vida dói, rasga, bate, mas as vezes pode florir e desabrochar e que não devemos ter medo de eternizá-la porque ela é curta demais e se esvai como sopro ou furacão.

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